O autista pode apresentar dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos.
O mês de abril no Brasil e em diversos outros países é dedicado à conscientização do Transtorno do Espectro Autista (TEA), sendo simbolizado pela cor azul. Durante a campanha Abril Azul, diversas ações são realizadas para aumentar o entendimento sobre o TEA e promover a inclusão e o apoio aos indivíduos diagnosticados. O objetivo é disseminar informações essenciais sobre o assunto, dar suporte às famílias e incentivar a sociedade a oferecer um ambiente mais acolhedor e acessível.
O Transtorno do Espectro Autista é uma condição neuropsiquiátrica e afeta os desenvolvimentos cognitivo, comportamental, emocional e social de uma pessoa. Ele é caracterizado por desafios em três áreas principais: comunicação, comportamentos repetitivos e interação social. O TEA é amplo, ou seja, a intensidade dos sintomas pode variar bastante entre os pacientes. Existem casos em que o autismo se manifesta de forma leve, permitindo uma vida independente, e casos mais severos, exigindo maior apoio.
O diagnóstico é geralmente feito por uma equipe multidisciplinar, o que costuma incluir pediatras, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais e outros profissionais especializados. O processo envolve uma avaliação detalhada dos comportamentos da criança, suas habilidades de comunicação, interações sociais e padrões de interesse. Em muitos casos, pode ser feito entre os 18 meses e 3 anos, quando os sinais mais evidentes começam a se manifestar.
Os sinais podem incluir dificuldades em fazer ou manter contato visual, problemas de comunicação verbal e não verbal, desinteresse por jogos sociais, repetição de movimentos ou comportamentos e resistência a mudanças na rotina. Os cuidados com indivíduos com TEA envolvem estratégias de apoio que abrangem diversas áreas da vida, desde o ambiente familiar até a escola e o trabalho. O acompanhamento terapêutico é fundamental e deve ser individualizado, levando em consideração as necessidades específicas de cada pessoa.
Entre os cuidados mais comuns, estão terapias de intervenção precoce, cruciais para ajudar a criança a desenvolver habilidades de comunicação, sociais e de autonomia; comportamentais, como a Análise Comportamental Aplicada (ABA); apoio educacional, com o uso de estratégias e adaptações pedagógicas para facilitar o aprendizado; e medicação, que pode ser indicada para controlar sintomas relacionados ao TEA, como agressividade ou dificuldades de concentração.
A psicologia tem um papel fundamental no apoio a essas pessoas, tanto no desenvolvimento de estratégias para melhorar a comunicação e as interações sociais quanto na oferta de suporte emocional. Psicólogos clínicos, psicoterapeutas e psicopedagogos ajudam as famílias a entenderem melhor o comportamento dos indivíduos com TEA, oferecendo técnicas específicas de manejo de comportamentos, estratégias de comunicação e promoção da autonomia.
Além disso, a psicologia ajuda a reduzir o estigma e a promover a inclusão social. “É um pilar essencial no tratamento e apoio de pessoas com TEA. Oferecemos um trabalho integrado com a família e outros profissionais da saúde para promover o desenvolvimento das habilidades sociais e emocionais dos pacientes. Além disso, trabalhamos no fortalecimento da autoestima e na minimização de sintomas como ansiedade e estresse. Cada autista tem um perfil único. Nosso objetivo é garantir que as ferramentas necessárias para eles viverem uma vida plena, com a maior independência possível”, explica a responsável técnica da Clínica-Escola de Psicologia da UNINORTE, Alcilene Moreira.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação/Ascom
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