A programação gratuita no Bosque da Ciência reuniu quase 5,5 mil visitantes em quatro dias de evento, mais da metade deles estudantes.
Com atividades interativas, exposições e experiências educativas e científicas, a Semana do Meio Ambiente do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) movimentou o Bosque da Ciência, espaço de visitação pública da instituição. Durante quatro dias (03 a 06 de junho), 4.443 visitantes participaram da programação, dos quais 2.218 foram estudantes (56,7%) de 54 escolas e 1.925 (43,3%) público.
O evento contou com mais de 50 atividades, com a participação de cerca de 20 laboratórios, grupos de pesquisa e projetos do Inpa, além de parceiros externos. Experiências sensoriais, oficinas e vivências imersivas despertaram a curiosidade e a criatividade de crianças e adultos sobre ciência, biodiversidade amazônica, conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
“Nós estamos em uma missão de ser cientistas por um dia e procurar vários animais. Está sendo muito divertido”, contou a estudante Bianca Souza.
O Ecoethos da Amazônia, um jogo de simulação que envolve os participantes em uma jornada cooperativa, interativa e lúdica, propõe a problematização de dilemas socioambientais e a busca por soluções sustentáveis. O jogo contou com quatro estações que representavam miniaturas de cidades ou áreas da Amazônia. Cada uma dessas estações trazia um elemento natural – água, terra, ar e fogo/energia -, desafiando o visitante a pensar juntos em soluções possíveis para cuidar da floresta, da cidade e das pessoas que vivem nela.
Conforme a tecnologista Genoveva Azevedo, do Laboratório de Psicologia e Educação Ambiental (Lapsea/Inpa), o jogo é uma forma de instigar os visitantes a atuarem no processo de melhora dos cenários ambientais críticos, como a poluição das águas ou as emissões de gases de efeito estufa. “É necessário levarmos as pessoas a refletirem sobre o grau de corresponsabilidade no aumento das problemáticas. Se fazemos parte do problema também podemos fazer parte da solução”, afirma.
O Laboratório de Alimentos e Nutrição (LAN) levou para a Semana a exposição “Saberes da terra para um futuro sustentável”, com a apresentação de uma variedade de frutos e hortaliças conhecidos como Plantas Alimentícias Não Convencionais (Panc). Tratadas muitas vezes como ervas daninhas, as Panc são uma alternativa sustentável e acessível de alimentação saudável, promovendo o resgate cultural, a valorização da biodiversidade e a conservação ambiental.
Na oportunidade, os visitantes puderam conhecer o espinafre amazônico, o pepininho do mato, o cubiu, o ariá e até saborear a sapota-do-solimões. “Muitas pessoas têm essas plantas em casa e nem sabiam que eram para comer. Nós estamos disponibilizando para degustação a sapota-do-solimões, colhida da Estação Experimental de Hortaliças do Inpa, fruta que nunca nem ouviram falar e que está sendo uma oportunidade única em experimentar um fruto saboroso”, conta Nagahama.
Quatro startups vinculadas à Incubadora de Empresas do Inpa apresentaram soluções inovadoras e sustentáveis. A Wuna Soluções em Design cria objetos personalizados usando resíduos de madeiras amazônicas menos convencionais, como louro e breu, para a produção de crachás, troféus e souvenirs. Os materiais não usam nenhum tipo de cola ou produto químico.
Também estiveram presentes a startup Bioplazon, que produz plásticos 100% biodegradáveis e compostáveis feitos de casca de mandioca, e a Phyto Ecofriendly que atua na produção de sementes de plantas nativas de qualidade superior para reflorestamento e a geração de crédito de carbono. A M&G oferece consultoria em processos de licenciamento ambiental e soluções em logística reversa de resíduos sólidos, como vidro.
Fonte – Ascom
Foto – Divulgação/Ascom
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