Preservação da Amazônia e de seus povos originários tem enormes desafios a serem superados

As pesquisas que temos desenvolvido mostram que o futuro da região é muito mais vulnerável do que a gente imaginava há alguns anos a uma série de questões climáticas, ambientais e do impacto antropogênico.

O Centro de Estudos da Amazônia Sustentável (Ceas) é um dos centros de estudos multidisciplinares que a Reitoria da USP coordena visando pesquisar soluções para grandes questões do Brasil e do mundo. O responsável pela iniciativa é o professor Paulo Artaxo, que, nesta edição do boletim Por Dentro da USP, detalha a atuação do grupo.

“O Ceas foi criado porque nós temos que entender melhor qual é o papel da Amazônia no clima e como lidar com a biodiversidade amazônica implementando políticas de bioeconomia sustentáveis que beneficiem a população local. Também precisamos olhar para o gigantesco estoque de carbono que a Amazônia possui, o que faz dela um ambiente crítico para manutenção do equilíbrio climático em nosso planeta. Então, por uma série de razões, trata-se de uma região absolutamente estratégica para o nosso país e para o planeta e nós precisamos desenvolver políticas públicas que levem a uma sustentabilidade desta área, com desenvolvimento sustentável para a população local”, comenta.

Artaxo explica que o centro funciona como um hub de pesquisas que estão sendo feitas pela USP sobre a Amazônia em parceria com instituições locais. “A nossa agenda científica é ampla e envolve a formação de recursos humanos, regulação fundiária, questões jurídicas, governança, questões indígenas e dos povos originários, sociobioeconomia, biogeoquímica, ciclagem de carbono e dos nutrientes. Estudamos também o impacto do agronegócio e como minimizar o impacto ambiental sobre a região amazônica. Outro foco é a saúde humana e ecossistêmica de um modo integrado na região amazônica.”

O pesquisador finaliza expressando sua preocupação com o futuro da região: “As pesquisas que nós temos desenvolvido mostram que o futuro da região é muito mais vulnerável do que a gente imaginava há alguns anos a uma série de questões climáticas, ambientais e do impacto antropogênico. Além do desmatamento, temos também a degradação florestal, que está atuando de uma maneira muito forte na região amazônica, fazendo a floresta perder carbono para a atmosfera ao invés de absorver como estava ocorrendo até alguns anos atrás. E uma preocupação importante é como preservar a cultura e os povos originários da região, bem como estruturar um modelo de desenvolvimento que seja sustentável e que beneficie a população local”.

Fonte – USP

Foto – Divulgação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *